sexta-feira, 1 de julho de 2011

Entrevista com Renato Ratier

Electro M.A.G. TV estreou com a entrevista de Renato Ratier um dos grandes incentivadores e representantes da música eletrônica no Brasil, seja tocando em clubs, festas, nacionais e internacionais, sozinho ou com o seu projeto duo Kings of Swingers (Renato Ratier e Mau-Mau), e com o D-edge um simbolo nacional de conceito, não só de música mas, de moda, comportamento, cultura etc .
 
  Electro M.A.G. TV: Renato, o D-Edge acabou de fazer 11 anos. Como foi a comemoração dessa marca?
Renato Ratier: Você está com a gente desde o começo, né, Renato? Você participou de tudo isso, desde a época que nem existia o D-Edge e você já ia para Campo Grande. Eu trabalhava com moda, e lembro que você tocou num desfile da minha marca de roupas - a Tilt.
 Verdade, eu fiz a trilha do desfile, foi bem bacana.
Ah, cara, agora que você vê... Nossa, 11 anos se passaram da marca! É um tesão, porque faço o que eu gosto. Estou sempre fazendo, acreditando e tendo resultado. É legal pensar que foi um trabalho difícil em Campo Grande. Não foi fácil...
 Vocês fizeram a cena acontecer lá...
O Marcão (Morcerf) e o (Luiz) Pareto me falavam que estava faltando um club em São Paulo. Tinha essa "instiga" pra eu abrir aqui. As pessoas que iam pra Campo Grande sempre comentavam que era legal o trabalho, achavam bacana. Você mesmo também foi um grande incentivador pra eu tocar.

 Você chamou a galera toda pra tocar em Campo Grande, para participar com você. O "laço" foi feito...
E aí foi uma consequência fazer o D-Edge em São Paulo. Eu vim tocar no Piranha, numa festa que chamava Farra (que era do Marcão e do Paretto), e depois eu fui para o Stereo. O (DJ) Oscar Bueno falou pra mim: "Renato, o Tony (proprietário do Stereo) quer vender o Stereo. Você não tem interesse em comprar?" Era época do Fashion Week em São Paulo, o (designer) Muti Randolph estava na cidade e, por coincidência, apareceu lá. Perguntei pra ele o que achava e ele comentou: "Pô, será? Aqui é Barra Funda... Todas as casas estão na Vila Olímpia." E eu falei que não, que na Barra Funda é que era legal e dava pra fazer um negócio bacana. Aí rolou! Eu não tinha nenhum plano de abrir um club em São Paulo. As pessoas falavam que eu tinha que abrir e aconteceu. Essa preocupação de levar artistas, na luz, no design, no equipamento e na qualidade de som é pela importância que dou pra tudo isso. Como DJ, me importo com a cabine, porque realmente participo e vivencio isso. É um problema, né? Acordei agora, cinco horas da tarde! Era pra ter acordado cedo hoje, mas eu gosto demais da noite... É um problema sério conseguir conciliar as duas coisas, ou seja, a vida da noite e do dia. Mas é o que eu gosto mesmo. Acho muito legal o fato do D-Edge ser um club brasileiro em essência. A gente não pegou a ideia lá de Nova York ou de sei lá onde... Surgiu aqui mesmo, no centro do Brasil.

 Como DJ, você é super requisitado. Tem tocado em vários lugares diferentes. Como é transitar em vários segmentos distintos?
Isso é super tranquilo e natural. São experiências diferentes, nas quais posso levar a música a públicos diferentes. Tocar num club como a Pink Elephant, numa festa como em Gramado/RS, na Lôca, no Hell & Heaven (Costa do Sauípe/BA), em cruzeiros como o House Ship ou o MOB Festival...Enfim, eu acho bacana. É enriquecedor pra carreira encarar públicos diferentes. O D-Edge me propicia muito isso, de ver vários DJs tocando, o que me ajuda muito. Ver você, o Mau Mau e todo mundo que ia para Campo Grande no começo... Nessa época, vocês foram os que mais me influenciaram musicalmente. Posteriormente, veio o Techno com Jeff Mills, o som de Chicago com Derrick Carter, Mark Farina... Eu me sinto bem tocando em qualquer lugar, seja numa rave ou num club pequeno.

 Falando no Mau Mau, como está o Kings of Swingers, projeto que você criou em parceria com ele?
É um prazer estar nessa parceria com o Mau Mau. Ele é muito tranquilo, super de boa, easygoing! É prazeroso tocar com ele, que é um companheiro, um parceiro mesmo.

 Quais são os planos para o futuro?
A vontade é sair do campo físico com a marca D-Edge e percorrer o mundo, fazendo um intercâmbio. Trazendo o que há de melhor e também levando as coisas que estão acontecendo aqui.


CREDITOS:Blog Jordan Bittencourt e
portal Portal Electro MAG

Nenhum comentário: